Apetecia-me falar consigo.
Sim, consigo, este post é para si, não sei quando ou se me vem ler, mas suponho que de vez em quando me espreite para tentar perceber como estou. Não sei o que entende do que aqui vê, que deve ler em diagonal, que o tempo é pouco, eu sei, sempre foi (e eu escrevo para xuxu, não é?). Mas não se preocupe, é aqui que ponho tudo o que de mais sombrio me assombra, o que mais me entristece, é onde me refugio do dia a dia que tem de ser, ou tentar ser, normal. É preciso, para conseguir algum equilíbrio minímo, para me ir levantando todos os dias, mesmo quando as noites não são dormidas como devem. Se lê alguma coisa do que aqui vai há-de perceber que me tento agarrar ao que posso, tento racionalizar-me das minhas razões e não das suas, porque não consigo encaixar as suas na minha visão do mundo, e então obrigo-me a olhar para tudo, para o que foi e o que se passou, pelos olhos dos sentidos, do que há, do que se vê, do que se ouve, e tento calar tudo o resto que me grita coisas que sinto mas que são incompreensíveis à razão.
Não sei o que tudo isto foi para si, sei o que foi para mim e o que senti, o que senti até de si, em si, do que parece tantas vezes ter sentido quando revivo na memória tanta coisa boa que foi, mas tento apagar essas sensações, esse pressentir o que sentia, porque não encaixa no fim que deu à história Tenho de perceber o fim para o processar, e para isso não posso acreditar senão no que se vê e ouve, e esquecer os sentidos que sentem mais, mas que nunca justificariam a história assim, mas precisamente ao contrário. Não foi o que aconteceu, não foi o que ouvi e o que me deu a ver. Tudo isto para lhe dizer que estou melhor do que pareço, que não se preocupe, que se preocupe consigo e com o fazer as pazes com a vida, com a sua vida, para que possa aproveita-la o melhor que pode e escolheu. Eu continuarei por aqui, a equilibrar as ideias e os sentires e a conversar consigo, sem falar e sem si.
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