Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

24 julho 2013

[boa caixa de sugestões...]

Estou triste hoje, há dias em que as comparações são mais fáceis; estou estranha, e não gosto do que penso, do que sinto, do que a memória me serve com requintes de malvadez. Não gosto. E não gosto de me lembrar da noite em que achei que o próximo ano me ia correr bem, quando pensei que o passei da melhor maneira que podia, ao colo cheio de mimo de quem queria, de quem, quero, de quem continuo a querer infelizmente. Lembro-me claramente de ter pensado que havia coisas que faziam sentido, tanto, que seria um sinal de que algumas coisas correriam bem, não faria sentido doutro modo. Era tudo tão sentido. Depois, depois, a vida real entrou-me veias adentro pelos olhos, li coisas que me perfuraram mais que mil agulhas na alma, envenenaram-me até ao tutano. Ainda na véspera do colo, desse dia/noite que seria difícil saber-me melhor, foram ditas coisas que me derrubaram, que me enganaram, que me mataram. Toda a minha verdade única caiu em mil mentiras que me matam todos os dias. Todos os dias. Hoje matam mais. Hoje são mais fácil as comparações, e mais uma vez, não sou nada, nada importo, em nada existo em certas pessoas.

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