Hoje a mariquinhas sou eu!!
Não me chateiem, mão me mostrem nada, não me digam nada...
Gastei as palavras todas no caminho de não as dizer, nem querer dizer.
Gastei os olhos a chorar pelo que não quero ver e a fechar os olhos ao que há para ver.
Gastei-me de alma a ouvir o que não quero, nem mereço ouvir.
Quero distância de mim, sou um perigo auto imposto, uma dor auto infligida.
Dizem que a minha auto estima está nas lonas, é verdade, ando há muitos anos a deixar que me arrasem de todas as maneiras e feitios.
Estou cada vez mais perto do abismo dos erros conhecidos, ou seja, estou a poucos passos de seguir uma burrice conhecida, mas às vezes a necessidade de sentir que gostam de nós é avassaladora.
Às vezes precisamos que nos façam sentir bem.
Às vezes precisamos de sentir que gostam, não apenas porque nós gostamos, mas porque não conseguem deixar de nos querer e nos gostar: mesmo assim, sem nós gostarmos.
Às vezes precisamos de ver no outro o olhar raso de admiração, de gostar sentido e de vontade de se dar a nós, e sentir o nosso olhar só de embevecimento, desse gostar que nos preenche o vazio, e não o contrário.
Às vezes queremos sentir que recebemos, sem ser apenas em retribuição.
Às vezes precisamos mesmo que gostem de nós.
Eu hoje preciso.
A minha auto-estima precisa.
Disso, e de educar o corpo, porque não sei fazer isso: fazê-lo obedecer à cabeça, criar-lhe vontades na razão.
Não sei fazer isso. Ainda.
Mas, às vezes, há coisas que se aprendem, e eu tenho tempo, se esperarem um pouco pode ser que aprenda.
Entretanto, hoje, não me chateiem, não me mostrem nada, não me digam nada.
1 comentário:
Aiiiiiiiii ti toisinha mai fofa!!
:* *_*
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