Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

30 maio 2014

A vasculhar o passado para entender, para ver, para resumir, para me resumir. Não cheguei nem a meio, desisti, voltei ao inicio do inicio... tantas voltas, tantas vezes o mesmo sítio, o mesmo fim, o mesmo inicio, e sempre o não entender o repetir da repetição. Tem de tudo todo este tempo, da brincadeira ao fora de brincadeiras, da ternura à tesão, da paixão ao Amor. E sempre a incompreensão. Como não parecem entender nada com tudo à frente?, e com tudo o que já trazem detrás? Insistem-se os erros para se forçarem conclusões, quando a única coisa que sempre se concluiu é que há coisas que não se forçam. O esforço só reforça o erro. 
Estou cansada,  a cabeça dói, o estômago chateia e não quer comer, e eu aqui, perdida não sei onde não sei de quê. Penso que isto é tudo um erro, que não sendo meu sou quem mais o sinto e ressinto e amargo, mais sofro e mais me dói. Não entendo. Nem a mim já entendo. Nem à vida. Nem a nada. Nada faz sentido. 
Lembro-me duma sms que recebi uma vez às seis da manhã que dizia que sem mim nada fazia sentido. Que não valia a pena. Já se sabia que sem mim não era capaz, nada fazia sentido.
Já não é sentido? 
Já não faz sentido nada sem mim fazer sentido?
Não há sentido nenhum em seguir sem fazer sentido.
Não há sentido nenhum em seguir se não for realmente sentido.
Só o realmente sentido faz sentido. E não erra.

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