Acordei tarde - se estes domingos tivessem horas, suponho que seria tarde- e sem nada em casa que se almoce, ou vontade de o fazer, decidi por aquilo que as pessoas finas chamam brunch, e eu que estou fininha, fininha, apesar de foleira, também tenho direito a usar o termo em vez de pequeno-almoço-a-fazer-de-grande, começo a fazer dois ovos mexidos (que me lembraram outros que fiz há três meses atrás...) umas torradas, um café para pôr no leite à falta do chocolate que acabou, juntei uma dúzia de cerejas que restaram e um fim de tarte de maçã, que apesar de já não estar fofinha, eu nunca o fui e não foi por isso que deixaram de me comer... Ora a tarde merece pelo menos o mesmo tratamento, e em não havendo outra, serviu bem para sobremesa (são as coisas da vida, ser a sobremesa possível...) acompanhada com um bom bocado de gelado de baunilha. Tudo posto numa bandeja e levado para a varanda, depois de desencantar um robe de verão, que a minha varanda não me deixa entrar lá nua...
E agora aqui estou eu, a fumar um cigarro e a escrever baboseiras, e a lembrar-me doutras, enquanto o sol já me sobe pelas pernas... Malandro. Cadê as mãos?
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