Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
22 junho 2014
E aqui estou eu a tentar comer o tempo entre cigarros, posts e leituras. À espera que a cama me chame com vontade, mas nada. Depois ponho-me a pensar que é difícil comer o tempo, porque tem de ser mastigado e engolido, e eu queria só engoli-lo. Mas para quê? Nem eu sei. Porque não sei nada, nunca sei. O tempo trará alguma coisa? Engolir este para chegar lá à frente, e lá à frente será que está alguma coisa? Será que alguma coisa vai mudar? Dou por mim descrente e a enterrar os pés no chão, a não querer pensar, a querer não crer, nem querer nada, nem engolir o tempo que não sei que tempo trará à frente. À frente do tempo estão sempre saudades. Só isso eu sei e tenho medo de o saber mais, mais à frente.
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