Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
09 junho 2014
o que me dói não é a dor
o que me dói é a incompreensão do mundo
dos seres que são, inconsequentemente, como são
da revelação de um carácter curto, perante as contrariedades ser premiado
da injustiça da recompensa do mal, do pouco digno, do rasteiro até
da manipulação bem sucedida
da vitimização à pena tão bem conseguida
da vitória do fim sob qualquer meio.
O que me dói
é a minha dignidade que não manipula,
e consequentemente sai derrotada,
e aí torna-se a todos os olhos indigna.
Até aos meus.
Vira-se do avesso, torna-se incompreensível, inexistente,
neste mundo que vejo e me engole sem dó ou pena,
e com consequências só minhas, só dentro de mim.
O mundo continua, indiferente a mim, ou aos restos do que fui.
Restos amargos que lutam contra si mesmos,
conscientes do que não querem ser,
não querem ser a consequência de tanta inconsequência
maldosa, ou indiferente,
é-me já indiferente.
Inconsequência que brinca e magoa e fere,
Restos que não querem amargar,
neste mundo imundo que me ganha, perdendo-me.
Resto-me, mas será que me aguento, que me resisto?
derrotada, frustrada, perdida no mapa mundo da vida que não entendo,
será que me levanto?
será que me quero levantar?
ou só sucumbir?
Etiquetas:
Linhas Desalinhadas
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