Sou como você me vê...posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,depende de quando e como você me vê passar...suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contacto...tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras, sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdoo logo.
Não esqueço nunca. Mas há poucas coisas de que eu me lembre...Tenho felicidade o bastante para ser doce, dificuldades para ser forte, tristeza para ser humana e esperança suficiente para ser feliz. Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre...Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser...a única verdade é que vivo.
Sinceramente, eu vivo.
Clarice Lispector
[sou o que se vê... não tenho estratégias nem máscaras. Escondo o que devo esconder porque nem a todos me quero mostrar, e de alguns quero-me proteger ainda que não fuja, mas não sou nunca quem não sou. posso ser tão diferente e nunca deixo de ser eu. até este medo que me assalta e que não costuma ser meu, agora é muito meu é dum eu muito magoado mas com vontade de viver, ainda. Sou feita de contradições, de medos e de coragem para os enfrentar, de não desistir e de me afastar, de partida por dentro me dar inteira. De apesar da vida desistir de mim eu não mudar, ser assim porque assim eu sei que gostando ou não é de mim, é verdadeiro, sou eu. Mesmo que ser eu seja uma confusão em que me entendo na perfeição. ]
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