Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

27 junho 2014

tu. eu.
um beijo na cara.
assim quase de repente, quase sem esperas, e eu quase de certeza sem o esperar.
depois outro, na cara, com vontade, quase alegre, parecia.
parece sempre tanta coisa, não parece?
e depois, depois, namorar- sempre namorar - fora do mundo,
 num sitio que nem olhei duas vezes, que não interessa, era o melhor lugar do mundo naquele momento.
o lugar donde não apetece sair.
o abraço, os beijos, o mimo que se sente, o calor que não é do clima mas acelera o coração, a alma que ri, o sabor da tua pele, da tua boca. Nós.
O nós que eu gosto.
Nós.
E eu teimosas em dizer se havia saudades, calo-me, como te calaste tantas vezes, calo-me, mas a alma grita pelo coração e eu cedo-me como quem sucumbe.
Oiço e oiço e não quero acreditar, não me mandas mais embora, agora não, não mais, é a última vez; a partir de agora é só "anda cá"!! Estás doidinho para isso, para o "anda cá", para namorar, para as férias, para uma vida. Para mim? parece...
parece sempre tanta coisa, não é?...
Tenho medo, tenho tanto medo, que me dizes distante, porque quero que me convenças, que me proves, que me ames, porque te quero porque nos quero. e tenho medo. tanto.
e não sei de quê...  nós nunca houve, já te perdi há tanto tempo, quando nunca te tive, quando nunca me quiseste, quando nunca fui a tua escolha, quando nunca fui a vida que queres.
quando nunca fomos nós.
 eu perdi-te sem nunca te ter.
parece, parece sempre tanta coisa.
e estamos sempre aqui.



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