Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

21 agosto 2014

"O entusiasmo e a felicidade de Julião provavam-lhe como ele lhe perdoava. Nunca estivera tão louco de amor.
(...) que o crime que cometo é horrível, e mal te vejo, mesmo depois de teres disparado dois tiros sobre mim... - e, neste momento, Julião, contra sua vontade, cobriu-a de beijos.
(...) ... Mal te vejo, todos os deveres desaparecem, sinto apenas amor por ti, ou antes, a palavra amor é fraca demais. Sinto por ti o que devia sentir unicamente por Deus: uma mistura de respeito, de amor, de obediência... Na verdade, não sei o que me inspiras...
(...) Explica-me isto, bem claramente, antes que eu te deixe, quero ver claro no meu coração; porque daqui a dois meses deixar-nos-emos... A propósito: separar-nos-emos? - disse-lhe sorrindo."

Stendhal, in Vermelho e negro

[... Tão pouca razão e nenhum raciocínio... Por isso o amor desgraça tudo, e é ao mesmo tempo a única graça de tudo, em tudo. Desgracemo-nos então, ou viveremos para sempre desgraçados. ]

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