Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

18 setembro 2014

...às vezes penso, sorrio e sonho uma vida que não tive, e depois obrigo-me a lembrar por que apenas sonho e não vivo, e lembro - obrigo-me a lembrar e a repetir até à exaustão - a resposta à minha própria pergunta; e pergunto-me quando deixarei de ma perguntar e de sorrir quando dou por mim a sonhar acordada esse sonho, que de tão meu, tão apenas meu, nunca chegará a vida. Lembro-me que não estás porque não (me) queres... e então penso que não te quero, nunca quereria alguém na minha cama que não me quisesse. Isso não pode fazer ninguém feliz. E infeliz por infeliz, antes sozinha, porque a solidão sozinha pode um dia deixar de ser solidão, a solidão acompanhada nunca deixará de ser solidão.

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