Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

03 outubro 2014

Para amar é preciso assumir que se ama. Amar não é relativo, não é mais ou menos, não é assim-assim. Amar é absoluto. É o amor a acordar quando abrimos os olhos e a respirar quando o ar nos entra nos pulmões. A viver enquanto vivemos. Amar não tem localização, não há sítios onde se pode amar e outros onde o amor é envergonhado ou encapotado. Não há capota que cubra o amor, como não há nuvem que cubra o céu inteiro, o amor tem pés grandes e chega a todo o lado. O amor não se tapa e não se abafa. Não, para amar não é preciso assumir nada, estava errada, amar é já assumir. A única prova é sentir. Sentir é assumir. Tu sentes?

Boa noite

6 comentários:

do Paço disse...

É tudo isto.
O texto é Maravilhoso. Eu sou essa pergunta final com todos os pontos finais atrás dela. Eu sou este texto.

Com o desassossego de saber que algures, por detrás de todos os medos, de todas as falhas que sofro e que tenho, de todos os encolhimentos que sinto, algures ela sente.

Ela sente. Ela sente. Ela sente.

Anónimo disse...

E de que maneira.

Eva disse...

Ela sente? se ela sente vocês são todos os pontos finais antes dessa pergunta. Vocês. Os dois.

Agora Maravilhoso é exagero, miudo.. aliás saiu de rajada depois duma conversa das boas... ou espero que tenha sido boa, no sentido de ter ajudado alguma coisa...

Eva disse...

hummm e de que maneira?? sentes... e de que maneira?? hummmm será dor de dentes?? ou de que maneira??? hummm?

Anónimo disse...

dentes mesmo ahah

Eva disse...

ahhhhh pois, só podia mesmo.... não estava a ver outra hipotese...