Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

02 outubro 2014


Será que estar longe afasta? Será que estar afastado gasta as saudades? Ou habituamo-nos e deixamos de as sentir? Deixa-se de sentir? Será que estar perto aproxima? Será que só sabemos e pensamos o que temos quando nos falta? Como a saúde ou o amor? Será que nos habituamos a uma presença e deixamos de senti-la? E a ausência? Sente-se?
Será que alguém sente a ausência da minha presença ou a presença da minha ausência?
Será que as saudades são ausência ou presença? Ou é a presença sentida duma ausência não sentida?
As distâncias têm medida? Medem-se pelas saudades? E como se medem as saudades? Pelas faltas que provocam ou pelo amor que convocam?
Haverá por isso distâncias diferentes num mesmo espaço entre duas almas. E o espaço separa?
E o tempo? O tempo conhece a distância? O tempo aumenta com a distância? Ou a distância aumenta com o tempo?
As almas conhecem o tempo? E sabem o que é distância? Ou só sentem, sem saber sequer que sentem no tempo na distância ou na proximidade? Só sentem sem saber de variáveis relacionadas, correlacionadas, ou equacionadas.
Será que a distância afasta? Será que estar perto aproxima?
E eu onde estou?
Sem tempo, sem distância, sem proximidade?
Na saudade que mora no amor.
Do amor.

Boa Noite

4 comentários:

Anónimo disse...

Sem comentários. Boa noite Eva.

Eva disse...

Sem comentários? Isso quer dizer o quê? Que são perguntas parvas á mais? Ou quê?
Bom dia!

Anónimo disse...

Muitas, tantas, caramba. Boa tarde.

Eva disse...

ahhh obrigadinha... muitas perguntas parvas... ok, realmente isso dá azo a comentários do género "sem comentários"...
Paciência nem todos podemos ser uns eruditos cheios de boas respostas, há quem tenha muito mais perguntas que respostas... é o meu caso.