Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

15 novembro 2014


O vento corre fora da janela, vai com pressa e alarido. Assusta, assusta-me. Nunca gostei de vento, quando enfurecido leva tudo à frente. Refugio-me no quentinho da cama, faço ronha até não poder mais, até o dia me obrigar a levantar e a acordar. Mas não me apetece. O calor aqui é doce e tranquilo. Só me falta aqui um abraço de quatro braços e pernas e uma só vida. Falta-me. 
Faltas-me. Ainda.

(E acho que agora já são mesmo horas de levantar...)

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