Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

14 maio 2015

(foto de Ryan Muirhead)
Dia corrido, cansativo, onde os problemas parecem atropelar os minutos, onde parece não haver mãos para tanta coisa. Chega-se ao fim do dia e pára-se um bocado no sofá, entretem-se a cabeça com qualquer coisa entre mãos, e no fim, face a uma tela branca de que não quisemos fugir, percebemos que as palavras nos fogem, e nós, nem vontade nem força temos para as tentar apanhar. Deixamo-las ir. Pode ser que tudo o que não chegaram a dizer fuja com elas e me deixe. Talvez assim durma e amanhã não acorde cansada, mas cheia de palavras novas, menos problemas, e maiores e melhores mãos para os resolver. 
Agora só quero apagar de mim o mundo. Que vá com as palavras que me fugiram. Que me deixem vazio o escuro por dentro dos olhos.

Boa Noite

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