Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

26 maio 2015

Sim, parece-me que será verdade - atenção, cuidado. Não esforço, não obrigação, nunca martírio.
O amor parece-me que deverá ser uma coisa para gozar, aproveitar, para fazer a vida valer a pena e não a duras penas fazer valer. Isso é de ter pena, e não é de certeza amor (pelo menos não o meu). E eu tenho pena de muita coisa, e até de algumas pessoas, mas eu vejo a vida, o amor, assim, não para ser motivo de pena, mas para ser nascente de vida. Nunca quis ao pé de mim quem o fizesse por obrigação, ou com esforço, ou por pena, não poderia ser feliz assim - não sendo valorizada, amada, desejada, por mim, pelo que sou ou não sou, e não pelas circunstâncias. Talvez para muita gente chegue, para mim nunca chegaria (sou mais exigente que isso, sempre fui, talvez erradamente, mas ainda não mudei de ideias).
Começar o dia a tomar o pequeno almoço na varanda era coisa a que me poderia habituar, não fora o frio, o inverno... a vida tantas vezes. Mas em podendo, estando bom tempo e querendo, é coisa boa. Há que não deixar escapar as boas coisas da vida. Oiço os pássaros e os carros no meio deles, ou vice-versa. Pergunto-me como será o dia hoje, e pressinto uma ponta de entusiasmo, será dos pássaros? Podia ser descuido.

Bom dia

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