Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

15 junho 2015

Li isto e fiquei-me na última frase. Alguém me costumava dizer que eu lhe andava sempre alojada na nuca, que nunca lhe saía da cabeça, que parecia feitiço... E eu agora pergunto-me quanto tempo é que demorará a minha cabeça a vagar esse espaço, esse sítio onde está o que temos sempre presente, por muito que estejamos ausentes com mil e uma distracções...
E intimidade não penso que seja dar atenção quando dez outros a estão a pedir, é com um olhar sentimo-nos ligados, haver uma sintonia, como toda a atenção não consegue ligar ou ter... É um tocar diferente, é uma extensão da pele que se sente e conhece por dentro, onde guardamos todos os essenciais que nunca se ausentam de nós. Mesmo que nos queiramos distrair.

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