...com quem as conversas inevitavelmente resvalam para a parvoeira, divertida umas vezes, atrevida outras, de picardias de parte a parte e muitos risos à mistura. Conversas salpicadas tantas vezes de mimo e envolvidas em saudades que se procuram esquecer ou substituir por presenças ausentes, mas faladas.
E depois desliga-se, liga-se o modo lúcido e vemo-nos caídos de novo no mesmo remoínho que não controlamos, onde não sabemos como ou onde entrámos, e não sabemos como sair. E apesar de tudo isto, voltamos a dormir bem, finalmente o sono novamente restabelecedor e o espírito mais leve, embora sempre desconfiado do que espreita na próxima curva do tempo. E tem-se medo de tudo outra vez, de saber que se vai passar, algures num futuro perto, tudo outra vez. O vazio, o escuro, o silêncio, o peso dos dias e da vida nos olhos a quererem-se fechar.
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