Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

17 junho 2013


"Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:

Iludindo-se menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional..."

Carlos Drummond de Andrade

[isto faz-me tanto, mas tanto, sentido hoje em dia... mas sei que arriscar é-me cada vez mais dificil, mais custoso, mais arriscado... a dor é inevitável e traz pela mão o medo de mais dor. talvez o sofrimento opcional de não se lutar pela felicidade seja menos gravemente profundo nas consequências para a alma. ]

2 comentários:

Anónimo disse...

Não me parece que alguém saiba a resposta a isso tal como como a resistência à dor. A dor não se mede ou pesa e como sempre cada um sabe da sua.

Eva disse...

Ele dá a resposta (a dele, pelo menos) e que me faz muito sentido:"Iludindo-se menos e vivendo mais!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida
está no amor que não damos, nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade."
Mas sim, cada um sabe da sua dor, e alguns não sabem de nenhuma, nem da própria que nem chegam a sentir, nem da dos outros.