Desejei-te ontem, de mais, e hoje também. Todos os dias são o mesmo dia quando te desejo assim. Só penso em ti. És inigualável. De olhos fechados consigo encontrar-te noutros corpos, mas só o teu amo de olhos abertos. Quando te escrevo tu não foges das minhas páginas. Quando te escrevo tu ressuscitas a minha alma. Acompanho o teu sorriso de longe e de perto, meu príncipe das trevas, lindo. Guardo comigo o teu olhar e sei que te recordas do meu corpo a tentar convencer-te que o meu amor é inteiro, embora nunca o seja bastante. É bom desconfiar do amor porque ele às vezes é traiçoeiro, metamorfoseia-se em reles sentimentos, eras tu que mo dizias.
Eu não concordo.
via Pedro Paixão
in Príncipe, Asfixia
[será que se pode mentir desejo? o desejo será só uma espécie de fome indiscriminada de algo e não de alguém? como é que se sabe que o desejo é de nós, e que não servimos apenas para encontrarem outros corpos no nosso? como? onde está a prova dos nove do desejo, e já agora do amor?]
2 comentários:
Olha..era isso, deviam inventar/criar (sei lá!!) a prova dos nove do desejo e claro.. do amor!!..
Inventam td...pq raio ainda n fizeram isto?!
Embora, às vezes, se saiba de antemão o resultado.. :(
Verdade, eu do amor já sei, alias, está tudo preto no branco, nem se pode duvidar, agora do desejo não sei... Mas se calhar sabendo que não nos amam é coisa que também interessa pouco... Mas ponho-me a pensar nisso...
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