Um dia,
quando a única regra
for a ternura da manhã
acordarei entre
os teus braços,
a tua pele será
talvez demasiado bela,
e a luz compreenderá
a impossível
compreensão do amor.
Um dia, quando a chuva
secar na memória,
quando o inverno
ficar tão distante,
quando o frio responder
devagar com a voz
arrastada de um velho,
estarei contigo e cantarão
pássaros no parapeito
da nossa janela.
secar na memória,
quando o inverno
ficar tão distante,
quando o frio responder
devagar com a voz
arrastada de um velho,
estarei contigo e cantarão
pássaros no parapeito
da nossa janela.
Sim,
cantarão pássaros,
haverá flores,
mas nada disso será culpa minha,
porque eu acordarei
nos teus braços e não
direi nem uma palavra,
para não estragar
a perfeição da felicidade.
José Luís Peixoto
[...quero a minha perfeição da felicidade... e é parecida com esta... "quando a única regra for a ternura".
Não preciso do inverno distante, de pássaros ou flores, ainda que goste, só quero não conseguir distinguir os meus braços dos teus, ou a minha boca do teu sorriso, ou o teu beijo da minha pele. Não distinguir a realidade da felicidade, pelo menos pela manhã e ao anoitecer. Pelo menos todos os dias. Pelo menos.]
Bom Dia!!
cantarão pássaros,
haverá flores,
mas nada disso será culpa minha,
porque eu acordarei
nos teus braços e não
direi nem uma palavra,
para não estragar
a perfeição da felicidade.
José Luís Peixoto
[...quero a minha perfeição da felicidade... e é parecida com esta... "quando a única regra for a ternura".
Não preciso do inverno distante, de pássaros ou flores, ainda que goste, só quero não conseguir distinguir os meus braços dos teus, ou a minha boca do teu sorriso, ou o teu beijo da minha pele. Não distinguir a realidade da felicidade, pelo menos pela manhã e ao anoitecer. Pelo menos todos os dias. Pelo menos.]
Bom Dia!!
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