"O que custa é o dizer não. Semanas, se calhar meses, de um estado do qual não temos propriamente consciência. Apenas sentimos que não estamos bem, que não é aquilo que queremos.
Quando estamos habituados a só chorar no escuro do cinema, só nos permitimos chorar quando a porta se fecha atrás de nós, atrás de ti, quando a separação é irremediável.
Mas é quando dizemos não, quando treinamos a aprendizagem do não, quando dizemos que sa foda esta merda toda, que os verdadeiros milagres acontecem. Quando é o universo a fechar-nos uma porta, só temos de procurar uma outra e abri-la. Quando somos nós a fechá-la, o universo abre-nos automaticamente outra. No fundo, a mostrar-nos que apenas temos de aprender a fechar a porta.
(...)
As feridas por lamber. O medo de me dar. O pânico de te receber. A gestão de sentimentos tão contraditórios como a perda e o ganho. A exposição pública – se à esposa de César não basta ser, imaginem à viúva; as preocupaçõezinhas com as convenções sociais do ainda agora se separou e é vê-lo aí com quem primeiro aparece, que isto dos garanhões, na verdade, é para muito poucos. É tão difícil lidar com a culpa, sobretudo quando não a temos, na verdade as coisas são como são. "
Do velho "que sa foda" pela mão do Pedro... há tempos que não dizia este "que sa foda!!"...
...que sa foda!!... um dia também me devolverei o sorriso por alguém.
...que sa foda!!... um dia também me devolverei o sorriso por alguém.
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