Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

14 junho 2014


“Ele jogava às escondidas no corpo dela, e ela mostrava-se feliz com aquele formigueiro no íntimo resguardo do corpo, que mais parecia um fruto vermelho, possuído. Havia um cheiro a prazer na cama, lençóis sujos da sujidade mais limpa dos corpos, e murmúrios que ficavam exaustos de uma noite para a outra.” 

João Morgado

[um fruto vermelho, uma maçã, uma tentação, a Eva que já não sou.]

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