Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

13 setembro 2014

Hoje foi dia de ronha. De acordar, ficar na cama, acender a luz e ler um bocado, de fechar a luz e voltar a dormir. Assim sem horas nem pressas nem programas. Coisa boa, coisa muito boa. 
Agora estou aqui neste sítio em que me lembro de ter tido dos últimos momentos em que me senti quase namorada, de namoro bom, de cumplicidade brincada mesmo às nove da manhã, hora em que nesse dia vim aqui apanhar uma coisa para levar, e depois me disseram que tiveram vontade que entrasse e ficasse a namorar e a devorar essa coisa boa que se sente quando se está bem: o tempo. Agora o tempo parece não ter medida, mas também não tem pressa. Agora não há pressa de nada porque não queremos chegar a lado nenhum. Nem vontade de ter um lugar a que chegar. 
Vou tomar um café e ler mais um bocado na esplanada, afinal dizem-me rata de biblioteca, mas se calhar sou mais livro de esplanada, isso sim. E faço-o muito naturalmente (só não sei o quê... )

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