Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

16 outubro 2014


"O que me trava a vida é o medo.
Acabei de ter essa certeza.
Quem me pode salvar?"

Roubado ao Dias Cães.



O meu medo a mim não me trava,
mas não me deixa andar o medo alheio.

Trava-me as pernas
ainda que o medo de andar não seja meu.

Doença alheia, tua, 
mas dor própria, minha.

E eu, a cura da doença que te tem
que só a mim me dói.

Tu não és cura para doença minha,
tu és a doença para a minha cura,
a doença tua que a mim me dói.
Se te curo não me dói.

1 comentário:

Anónimo disse...

Adorei! Principalmente a última estrofe!!!

Beijos