Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
23 junho 2015
Tinha dois vestidos pendurados por estrear, um tem cerca de um ano, ou talvez, sim, precisamente, um ano, o outro tem mais. O que lá repousa há mais tempo vai ser estreado, foi a minha mãe que mo deu, não me deixou sair da loja sem ele porque disse que era giro e me ficava bem, por muito que dissesse que não tinha onde, ou por que, o vestir e ainda menos quem mo despisse, comprou-mo na mesma e disse que era doidinha e sem juízo. Se calhar tinha esperança, mais do que eu, de que não ficasse pendurada no cabide. E o vestido também. E o vestido, ao que parece, vai sair do cabide, tenho um baptizado daqui a uns tempos. O outro vestido ainda não sei, ainda não tem nada, é uma indumentária sem planos de vida. Foi comprado com um certo destino, ou melhor, com um certo pensamento, mas o destino dele foi ficar pendurado, como eu, aliás. Ainda tem a etiqueta (eu já não). Ainda não teve por que ser vestido, ainda não tive ninguém que eu quisesse que mo despisse, por isso não o vesti. Ainda. Entretanto, no fim de semana passado comprei outro, também preto, mas diferente: justo, mais curto, mas também liso. Esse parece que já tem dia marcado para ser estreado, um jantar de amigos e pessoas por conhecer, e um bom destino para ele seria o chão, pensamento é de certeza bom... Mas às tantas vai ser ficar pendurado no cabide. Sempre fazemos companhia uns aos outros.
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