"aqui, não há ninguém, nem sequer eu estou cá, nestas ruínas de saudades. Quem assiste de fora, vê tudo à beira mar e as ondas levarem para longe tudo o que foi meu, tudo o que fui eu. Aqui, já não sou nada, nem sequer o vazio absurdo em que me quis, nem a estrada que me leva para o fim..."
Daniel Camacho
(da sua página de facebook)
Leio isto e, mesmo que não queira, lembro-me :"já nada à minha volta faz sentido" ou "tudo à minha volta já pouco me interessa... acordo, vivo, adormeço diariamente consigo"... como se dizer isto, e repeti-lo das mais variadas formas, fizesse algum sentido, ou, se fosse sequer sentido, de tantas vezes já mo terem dito, já um qualquer sentido se teria composto. Provavelmente foi o que aconteceu. Talvez agora já tudo o resto seja o que realmente interessa, talvez já tudo faça sentido... até o na altura nada ter sido sentido verdadeiramente como falta de sentido. Não sei, se calhar o problema foi sempre ter sido consentido ser dito e repetido, para ser apenas isso:dito e repetido. O problema se calhar foi meu, que sempre soube o sentido que tinha tudo o que eu tinha sentido, e dito.
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