Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
23 março 2010
E se a atravessarmos e depois a queimarmos?
Se a atravessarmos e depois chegarmos è conclusão que se calhar não a devíamos ter atravessado? Na verdade acho que todas as pontes atravessadas deviam, ou são de qualquer forma, sempre queimadas. Não se consegue apagar a vida tentando percorrer o mesmo caminho em sentido inverso. Um passo dado, vivido é uma distância percorrida que em nós jamais é apagada. Podemos até voltar ao mesmo sítio, mas nunca apagando o caminho, sempre aprendendo com ele. Na vida nunca se percorre o mesmo caminho duas vezes, porque se o repetimos já não retiramos dele o que já retirámos, já não olharemos as coisas com os mesmos olhos, já não nos surpreenderemos com a paisagem, com os sons, com os cheiros, como da primeira vez. Atentaremos agora a outras coisas, não melhores, não piores, outras, outras que não vimos da última vez que percorremos esse mesmo trilho, por isso verdadeiramente nunca um caminho se repete, porque cada passo dado é um passo vivido, que passa a ser parte de nós, não pode ser apagado de nós, tal como a amarga palavra dita nunca poderá ser recolhida depois de dita. Poderá ser perdoada, mas não negada.
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