Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

27 dezembro 2014

....hummmm tomar um café? 
Ao sol e com este frio, a cama fugirá de certeza...

Bom Dia



Se me tocassem agora
Não iriam além de aflorar a armadura
Nem mesmo tu
Que me tocaste despida de pele
Que me desfloraste a alma
Me desarmarias
Armaram-me armadilha
Ao desamor devir.
Desamaram-me demais
Desarmar-me agora só amar-me
Demais

[há sempre tempo para mais um cigarro que fala o silêncio e eu escrevo]


"Não procuro vantagem nem me interessa
tirar qualquer benefício
de te amar.
Apenas busco um ombro onde a cabeça
retome o exercício
de acreditar.

E não desejo outro ofício
em que me ocupar."

Torquato da Luz

[... "o exercício de acreditar"... Será um exercício, uma vocação, um defeito ou uma virtude?
Era bom que fosse um exercício, uma prática, que se pudesse desenvolver, ou até partilhar, mas como tantas coisas, parece-me que não se exercita, nao se procura, não se força, ou não funciona. Ou se acredita ou não, sem razão aparente ou fundamentada, é uma questão de fé. Fé no coração do ombro que a nossa cabeça quer. Sem razão aparente ou fundamentada.]

Boa Noite