Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)
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04 outubro 2015


Domingos de Outono. 
Em casa, melancólicos, cinzentos.
Apenas com o silêncio da chuva a bater nos vidros, o arfar do vento que não se cansa, o rosnar quente da lareira que não nos morde e outros silêncios que não se dizem...

(Mas hoje só depois de votar, ou antes.)

Bom dia


15 setembro 2015

Olh'ó caramelo... doce doce, sem enjoar. 
(ou eu não enjoo, adoro esta música, 
e conduzir a ouvi-la debaixo de chuva ligeira 
é uma boa maneira de começar o dia...)

Bom Dia

25 agosto 2015

Recebi estas mensagens há poucos dias, e partilho agora convosco, porque tem a ver com o comentário da Nanda no meu último post, talvez seja coincidência estas duas leitoras, nesta altura em que estou, me dizerem coisas que me sensibilizam e me fazem notar, e sentir, que este blog tem dimensões que eu desconhecia, e talvez outras tantas que posso ainda desconhecer. 
Na verdade acho que tem - ou ganhou ao longo dos anos, não sei -,  outras dimensões e vidas, e toca (ou tocou, vá) vidas que não imaginava, de formas que não poderia imaginar. 
Tudo ganha um sentido diferente ao ver isto, ao ouvir estas coisas que me dirigem, sem nunca me terem falado, ou visto, e no entanto, terem aqui, neste blog, tudo o que é preciso para me conhecerem por dentro, para me conhecerem melhor do que quem todos os dias me vê a cara, me ouve, me vê rir e viver os dias claros, como se a Eva não existisse, e é na verdade quem mais me faz, quem mais sou, ou talvez não, não me faz mais,  mas faz-me tanto como a outra parte que se vê, sou-o muito, sim,  mas reservado a poucas, muito poucas pessoas. É uma faceta muito íntima, que não divulgo com facilidade, que não dou a qualquer um. Poucos a sabem ver ou sentir, já nem digo perceber. Mas o que percebi nestas linhas da Nanda e desta outra leitora é que as minhas palavras, este meu lado serve a alguém para alguma coisa, sem que eu o desconfiasse, e isso é bom, e dá um outro novo sentido ao deixar fluir pelos dedos o que me está escrito na alma. Talvez alguém o aproveite, talvez alguém tenha gosto em lê-lo, talvez se identifique, ou talvez sirva para saber o que não quer. Não sei, mas aparentemente pode servir para mais do que eu pensava, e não só para mim.

Bom só para dizer que estas duas meninas me fizeram ver o blog, e o que escrevo, duma forma diferente, e que sim, talvez um dia destes as palavras voltem a surgir aqui. Não prometo, não sei, mas pelo menos por estas duas almas caridosas, vou tentar. :))

Ficam aqui as mensagens (há coincidências engraçadas, há que dizê-lo... ou eu achei. parece que chamam a Eva para onde é o sítio dela... e talvez o único sítio dela seja mesmo este blog e estas palavras - talvez nunca tenha tido outro. ):

Leitora do Blog - Olá, andei a ler-te durante 3 anos seguidos da minha vida. Todos os dias ia ver se havia novidades no teu blog. Depois, por motivos que agora não interessam para nada estive uns 2 anos sem te encontrar. Encontrei-te agora e até descobri que tens uma página no facebook. Tenho estado a ler todos os posts para trás que ficaram perdidos nestes 2 anos. ...e só queria dizer-te. É tão bom ler-te. É tão bom.

Eu- É tão bom ouvir isso... Mesmo! Obrigada.

(vi as mensagens pouco tempo depois de terem sido enviados e por isso deu origem à seguinte breve conversa...)

Leitora do Blog - Acabei de ler um post em que falas que te irrita que te copiem (mesmo que isso seja a melhor forma de elogio)... mas tenho que te dizer... foste a minha salvação muitas vezes.

Eu - como assim? a tua salvação?

Leitora do Blog - quando não sabia como explicar algum sentimento ao meu marido, copiava um texto teu e colava no espelho da casa da banho... às vezes leio-te e penso: é mesmo isto que eu sinto. Só que as palavras não me saem como a ti. Fluídas, organizadas e claras.

Eu - e ele entendia?

Leitora do Blog - entendia sempre e poupava-me de uma discussão

Leitora do Blog - é bom ter-te encontrado de novo e gosto muito de te ter por cá.

Leitora do Blog - beijos e obrigada

Eu - o blog tem tido e falado de tantas tristezas que essa deve ter sido uma outra fase do blog e da minha vida, e pelos vistos também da tua...

Eu - Beijo e obrigada, eu

Leitora do Blog - tudo se resolve. o mundo equilibra-se sozinho quando menos esperamos. Eu vou-te lendo e acompanhando. ...no blog, que é muito mais charmoso do que por aqui.

07 agosto 2015


E agora, ao fim do dia feito, ia um banho assim... Não, não é preciso água, um banho de luar em beijos, em que não comparecendo a lua, ficam os beijos pela noite dentro. Banho de imersão. 

05 julho 2015


Passeios a céu aberto, boa música, companhia que ri connosco, sol e um Domingo a começar bem depois de uma noite dormida a correr. Gosto quando os dias começam depois duma noite dormida a correr mas a valer a corrida. Afinal vale sempre a pena se a alma não é pequena (se não é exactamente assim que Pessoa o disse, é parecido, a ideia é essa).

Bom Domingo, deixem o sol lamber-vos a alma, é o que vou tentar fazer :)

12 março 2015


Que coisa tão boa perceber a felicidade nas palavras de alguém de quem gostamos, nas cores da entoação com que se escreve, o ritmo da felicidade cheira-se nas letras, por poucas que sejam as frases que se trocam... e é bom, faz-nos renascer por dentro, acreditar que sim, que há coisas boas, que valem a pena. Fico feliz por eles e penso, como tonta assumida, que um dia alguém poderá ( se existe um dia pode-me calhar, sei lá, também pode ser que não, mas pode ser que sim... um dia) dizer de mim o mesmo, que me raptou para uns dias de namoro. Que quem o diga tenha o mesmo sorriso na cara que adivinho por trás das letras que leio, e que sei, sente-se, que será maior por dentro, como um brilho que reluz a toda a distância, e que eu faço de farol. Diz-me  que claro que está feliz, que sempre que estão juntos está feliz, estão, são felizes... 
É tão bom poder acreditar que a felicidade é um sítio certo e seguro para  que podemos correr de braços abertos, e donde nunca na verdade nos afastamos - e esse lugar é alguém onde estão os dois. 
É coisa boa, que me deixou a sorrir, estou aqui a escrever assim, de sorriso parvo na cara, a olhar para um ecrã que me deixa falar sozinha do bom que é a felicidade às vezes se espelhar, e me sobrar um bocadinho para ficar feliz por alguém. E por ainda me surpreender a acreditar nessa coisa de amar ser uma coisa boa e feliz. Sim, pode ser. É possível. Que bom... que bom saber que há felicidade genuína, imperfeita, mas talvez seja esse o toque da perfeição, porque é real.

Boa Noite

06 novembro 2014

Ora, e bom dia era isto, assim.
Mas pronto... um dia chego lá, entretanto vamos aproveitar o primeiro frio a arrepiar-nos a pele e a gelar-nos o nariz... 
E agora estes dias voltam a ter tempo para as recordações nos chegarem, para as carimbarmos com um sorriso que serve de selo para as remetermos para uma distância que nunca conseguimos criar, mas que queríamos... longe, para mandarmos as recordações para longe, sem remetente, sem devolução, sem futuro.
Entretanto vamos pôr o nariz lá fora, neste cinzento dos dias, de que gosto da melancolia que trazem agarrada, que se respira enquanto os olhos se fecham a sorrir com o calor que se sente por dentro quando estes pensamentos nos fazem cócegas ao dedilhar a alma, e que saem depois, para aqui, com os outros dedos, disparados, e nos fazem assim mais leves...

Bom Dia!

04 novembro 2014

... É sempre uma coisa boa para quem puder. Namorar por mensagem pode ser tão bom...
Uma mensagem ao fim do dia, bom ou mau, melhora sempre tudo. É bom quando de repente nos surge a frase certa que sabemos que vai provocar o riso à distância com vontade gargalhada, ou pensar durante o dia a mensagem que se manda ao entardecer para melhorar o dia do outro, para o fazer sentir ao longe o abraço bem perto, ou uma brincadeira meia parva mas que os dois entendem e gostam, que aumenta a fome da presença que não tem distância que faça ausentar. Ainda não sei, não consigo decidir-me e acho que nao preciso nem quero, se é melhor receber ou surpreender o outro, e perceber na resposta que tudo se encaixa, que a cumplicidade está entranhada... o destino da mensagem foi cumprido e o outro está perto. É perto. Mesmo que longe. Mesmo que não esteja.
Não há mensagem certa, há a pessoa certa que sabe à distância fazer nascer um sorriso cheio de ternura, ou uma gargalhada espontânea, ou provocar aquela vontade malandra de não querer esperar para estar perto, agarrar, colar. Pele com pele, sorriso que puxa sorriso, olhar que dá vontade de engolir o outro num beijo. O melhor beijo do mundo.
Isto existe. Tudo isto. Aproveitem. Se puderem.

Boa noite

04 setembro 2014

Que coisa mais doce.... alguém se atreve a definir melhor o amor do que estas crianças?? 

Vejam aqui que vale a pena, eu não resisti a estas:



... e acho que esta última é muito difícil de superar como descrição, 
as outras revelam comportamentos quando se ama: o querer agradar, a cumplicidade de ajudar em tudo, tudo é tarefa partilhada até as pessoais quando deixam de poder ser pessoais...
Eu não saberia descrever ou sequer dizer melhor do que o Billy o que é o amor, e gostava que um dia alguém lesse estas frases doces e só me visse a mim ali. 
Essa é se calhar a minha definição. 
Ver o outro em tudo o que se gosta. Tudo o que faz o sorriso nascer por dentro.

13 agosto 2014


“Dançava como um títere, tendo os cordéis dentro dela, atados na alma. Depois tomou-me nos seus braços e, sem pedir, desapegou-me das roupas. De todas as roupas. Colocou-me a outra coroa e convidou-me para dançar com ela, os dois nus. O meu corpo não tinha cordéis na alma, apenas acanhamento; sentia-se vazio de música. Mas ela pegava-me nos braços, endemoninhava-me o corpo, arrastava-me no seu bailado revolto. E ria. Um sorriso que se media a palmos como se mede o diâmetro do mundo, redondo, grávido, imenso. E eu entrei dentro desse sorriso, onde coube nu e sem vergonha. E dancei com ela como dança um louco, como se não houvesse amanhã, como se o hoje fosse pouco. E quando os nossos corpos caíram na cama, despidos e cansados, dormimos como dormem as flores, caídas umas sobre as outras, a partilhar o calor, a dividir o luar. Só quando tudo dormia já, senti que havia música dentro de mim. Finalmente. Música…”

João Morgado

[...lembro-me de dizeres que eu beijava como quem gosta, lembro-me de dizeres que gostavas quando tinha pressa na vontade, quando a força do desejo se notava nos gestos, lembro-me de dizeres que gostavas de tudo em mim e de ficares a olhar para mim a dizer que eu era linda, lembro-me de dizeres que até da minha gargalhada gostavas e de ficares muitas vezes a olhar para a minha boca enquanto falava, lembro-me de a meio duma conversa qualquer me calares com um "adoro-te" ou com aquele "olá" da praxe que faz recomeçar tudo e começar pelo beijo que faltava, lembro-me  de quando me querias desconcertar perguntares-me se hoje já alguém me tinha dito que sou linda, lembro-me de me chamares fera e bruxinha e cobra porque te enrolava nas minhas pernas, mesmo a dormir, lembro-me de dizeres que sabia dançar, que usava cada músculo como queria, lembro-me das conversas à lareira, ou com a porta da varanda aberta a ver o céu que restava para nós, lembro-me de dançar contigo à luz de copos de vinho, sentados no chão enquanto o teu braço nos fazia um só corpo e o balançar era o nosso silêncio a dizer o que as palavras não sabem.
Lembro-me ainda de tanta coisa, tanta coisa onde coubemos sem vergonha e inteiros (ou só eu), como se não houvesse amanhã, porque só havia o agora, e o agora era o nosso mundo, e a música era o silêncio dos olhares que conversavam, e em que as almas que se entendiam.
Quando é que o mundo acabou se ainda há música dentro de mim, mas o agora já era?
...não me lembro... ]

Boa Noite

23 outubro 2012

Tantos momentos, o mesmo carinho, a mesma ternura, a mesma vontade. Tu.
Boa noite.


14 setembro 2012

O que me apetecia agora era isto... e um jantar calmo depois dum duche,
 e depois isto outra vez, ou mimo, ou um filme enroscadinho, ou enroscadinho sem filme nenhum na varanda debaixo do manto de estrela e a luz duma vela...
 (sim, porque eu não tenho jardim em casa, nem lamparinas dependuradas.. é uma pobreza...)

21 julho 2012

Por muito que não queira, por muito que me esforce por não me lembrar, as coisas aparecem-me na cabeça à minha revelia, lembro-me de como me dizia que mal acordava a primeira coisa que se lembrava era de mim, que à noite era o mesmo. Que por isto e aquilo se lembrava de mim, que pensava muito em mim, a toda a hora. Lembro-me disto, acho que porque não entendo para onde tudo isso foi, como é que se arruma isso tudo numa gaveta, e não se pensa mais nela nem no que lá trancámos dentro? Como se faz isso? E porque é que não o consigo fazer também?
Como é que se faz? Rodeamo-nos de gente? De conversas que às vezes nem ouvimos? Fazemos como? Eu não consigo, e procuro ocupar a cabeça para que ela não funcione contra mim, mas depois olho para qualquer coisa, uns óculos, alguém a mergulhar num sítio em que já o tinha visto, uma frase, alguém que é conhecido dele, qualquer coisa o arrasta para o meu caminho, mesmo para a minha frente, de maneira a ser impossível desviar ou evitar, e tudo, mas tudo, na vida o afasta de mim. Procuro a todo custo racionalizar, dizer que será melhor assim, que se a vida sempre o afasta de mim, se ele sempre escolhe afastar-se de mim, é porque é melhor assim, e que não posso obrigar ninguém a gostar de mim, e quem gostasse, não fazia o que me fez. Ainda assim a minha cabeça trai-me a cada cinco minutos. E não percebo como faz para que isto não lhe aconteça, só pode ser mesmo as coisas serem facilmente ditas, mas dificilmente terem sido sentidas.
Só pode.

20 julho 2012

Aqui, assim com o sol a aquecer, até o mau feitio me passava....
...ou não...

03 julho 2012

Porque é que me continuam a apetecer estas coisas?
Porque é que ainda sonho acordada com uma ronha cheia de mimo doce, quando os sonhos trago-os todos amargamente adormecidos pela realidade que só faz ronha?

28 junho 2012

Era isto.
Era disto que eu precisava agora ao final da tarde.
Com o tempo devemos deixar de precisar e querer estas coisas, espero eu.
Com o tempo, chega o passado que esquece.

25 junho 2012

(eu estou-me a esforçar, juro, um esforço hercúleo, porque hoje só me apetece correr tudo o que é gajo à chapada, estou cá com umas ganas... mas pode ser que passe durante a tarde, pode ser, vamos tentar, vamos ver...)