Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

28 junho 2012

ehehheeh...
tem piada...os nomes mais giros são assim mesmo parvos.. alguns
Era isto.
Era disto que eu precisava agora ao final da tarde.
Com o tempo devemos deixar de precisar e querer estas coisas, espero eu.
Com o tempo, chega o passado que esquece.
E depois de estar à distância de um abraço, de um braço que nos toca,
a falta e a vontade dos beijos, é muito, muito pior. 
Custa mais a distância depois de estar perto. 
Depois de estar perto e não apetecer ir embora, 
depois de estar perto 
e perceber que o outro afinal quer estar longe, 
e talvez seja melhor, ou mais fácil...
Ando aqui a deambular pelo passado que não quer ser, no meio de coisas antigas, fotografias, mails, conversas, coisas que fazem rir com vontade de chorar. Não sei já a dimensão do espólio, sei que posso ver coisas de há uns meses ou de há mais de um ano, e que está lá tudo, de bom e de mau. O bom, o que eu vejo de bom, permanece enquanto testemunho de que o tempo não passa, não passava por nós, não passou. O mau também continua, cada vez mais mau, suponho, por que aí sente-se o peso do tempo que não leva a neblina e a escurece cada vez mais, torna-a cada vez mais pesada. Vejo músicas, frases, sussurros, coisas ditas, paixão que arde ainda quando se lê, e quando depois se acorda, se fecha tudo e se percebe que só arde dum lado, o outro sempre foram cinzas doutros fogos. E que eu, deste lado, cinza me torno e me desfaço.

Já acreditei em pessoas sem razão nenhuma, cega pela luz que se sente e pressente.
O que sentia-me vendava-me a razão.
Agora só atitudes me podem dar razão para acreditar.