Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

15 agosto 2012

-Gostava de estar aqui, assim, perto. A Eva a ler ou a fazer qualquer coisa e eu aqui, perto, a olhar para si sem saber, e a fazer alguma coisa também . E de vez em quando uma festa, um beijo, uma conversa. Eu gostava disso, e lembro-me disso muitas vezes. Era isso que eu queria.

( lembrei-me disto agora, não sei porquê. Não sei se as palavras foram exactamente estas mas a ideia sei de cor que era. E eu ouvia estas coisas e só pensava mas então porque não estás? então porque não fazes alguma coisa para estar?? porque nunca fizeste? e porque o dizias e parecia ser verdade? Só para agora me lembrar disso? Só para afundar um bocadinho mais a dimensão da incompreensão? Não te cobro nada do que me disseste, nada, nem isto nem outras coisas que me disseste ao longo dos tempos, eu só não percebo. E não percebo porque sempre acreditei em ti, porque sempre achei que sentias o que dizias. E se fosse assim estavas aqui ou a vir para aqui. Nada me apetecia mais do que estar ao teu colo a namorar. Deve ser por isso que me lembrei disto. E porque devo ser masoquista.)