Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
24 março 2013
ODE AO AMOR.
Ainda em desamor, tempo de amor será.
Seu tempo e contratempo.
Nascendo espesso como um arvoredo
E como tudo que nasce, morrendo
À medida que o tempo nos desgasta.
Amor, o que renasce.
Hilda Hilst
[Nunca tinha pensado nisso, mas é verdade: o desamor é ainda amor - é a falta dele, havendo-o em modo unilateral, havendo-o onde é sentido: do outro lado. Não havendo amor também desamor não há. É o lado em que não sentem. Nada, nada do amor que irradia - a sentir - apenas o calor de quem o tem e não consegue deixar de entragar. Não sentem de dentro, mas de fora porque alguém o sente de dentro.]
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