Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

23 julho 2014

Outra vez este hospital. Outra porta. Não se sente o mesmo cheiro. Estranha vida que me volta por voltas a pôr aqui, logo nestes dias em que ando a sentir tão presentes pessoas já ausentes. E não se consegue não pensar, não repensar a fragilidade da normalidade da vida. Qualquer coisa a qualquer altura nos pode alterar tudo. Tirar tudo como o conhecemos, ou simplesmente tirar tudo. E sempre se aguenta tudo.
...isto agora caía bem...
caía-me tão bem!!
Estou a precisar dum abraço de corpo inteiro todo de alma...
Mesmo.


"Antes de ti eu estava cheia de certezas. Plena das minhas convicções.
Antes de ti eu gostei. Mas não amei. Gostei até muito, mas não amei.

E depois de ti? Depois de ti não existe. Quando se aprende a amar não se esquece e não se troca só por um gostar. Ou por um gostar muito. Fica-se eternamente ligado."

Rita Leston 

[...sim, fica-se eternamente ligado. Ligações que não conseguimos cortar, coisas a que não sabemos dar nome, ou não queremos nomear, talvez seja difícil conjugar o verbo em voz alta e consciente. Mas deve ser isso, se não se conseguem cortar deve ser amor, o resto, o que se corta, é companhia, com sorte poderá até  chamar-se uma espécie de gostar, mas não amar.]