Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

22 junho 2015

Ando preguiçosa, muito preguiçosa, não me apetece escrever. Tenho vários posts alinhavados na cabeça, mas não me apetece costurar-lhes as letras, pensá-las, pensar-me até. 
Às vezes não me apetece nada, mesmo nada, nadinha, de absolutamente nada.
Mas hoje apetecia-me uma viagem assim, uma viagem destas, da fotografia.
Daqui até casa, ou maior se não chegasse, ou uma viagem com o carro parado. 
Apetecia-me viajar por mim, voltar a sítios de mim de que perdi o mapa, de que não sei o Norte ou Nascente. 
Apetecia-me desbravar sensações, cheiros, cores, lamber com os dedos, tactear com a língua, como se nunca se tivesse feito aquele caminho, como se tudo fosse novo, e, não sendo, fosse. 
Queria uma viagem que me surpreendesse, que me renascesse, que me arrancasse um amanhecer com uma estrela brilhante bem fixa no céu, que não fugisse, que desse o rumo, que me renovasse, que me redesenhasse os sonhos, e toda a viagem dum olhar que já não vê, duns olhos que já não sentem.
Apetecia-me uma viagem destas.

Bom Dia