Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

21 abril 2015


Aiiiiiii quero, quero, quero!!
Areia quente, sal na pele fresca de mar, sol que se respira, doçura que mata a sede.... Preciso disto, dum paraíso durante uns dias.... Deve ser do nome, volta e meia quero voltar ao paraíso...
Tenho é de trabalhar para o pagar.... O que não dá jeito nenhum, podia arranjar um banana que me bancasse, saía-me mais barato... Que mania a minha de só ir onde o que eu ganho pode pagar, e sempre foi assim, nunca deixei que fosse doutra maneira.... Raios, banana e parva, sou eu, é o que é!!.... Não há quem aprecie? Sem ser em batido, hum?

Bom Dia
Hoje foi um dia coooommmmmpridoooo, estou cansada e moída, mas não foi um dia mau, pelo contrário parece-me. Anda-me a deixar mais leve esta sensação de me parecer que finalmente começo a encaixar-me no meu papel, a assumir o papel que me deram, a não me duvidar tanto a toda a hora. Tenho medo, muito, mas sei guardá-lo, e parecer certa de que estou certíssima. Começo talvez a ver um pouco daquela mulher que alguns viam e outros ainda vêem, com qualidades que sempre duvidei, sentindo que os enganava não sei como, que viam o que não existia, como uma miragem no deserto, uma ilusão da vontade, e nada mais. E ficava triste e desconsolada porque, não sendo verdade, iria desiludi-los. O meu pior medo, o mais pesado fantasma, que me rói os calcanhares dos passos: desiludir quem vê em mim, quem me adivinha, mais e melhor daquilo que me faz, que eu sou. Que eles acham que eu sou. E agora, a olhar para trás para o dia e últimos tempos, talvez comece a antever um pouco do que me falavam - pouco e quase insignificante -, mas que  me parece que tem crescido, amadurecido, quiçá... e acho que só hoje me dei conta. Hoje acreditaram que ia ceder, que precisava ceder. Não cedi, estava certa e segura do que dizia. Até ao último momento esperaram a minha insegurança, não a viram, disseram que iam pensar... Talvez cedessem, eles.
Eu posso ser mulher, parecer que ando nisto há pouco tempo, até me podem tomar por tontinha, mas sou-o muito menos vezes do que o pensam. E isso, hoje, também me soube bem.