Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

13 junho 2015

...Há bocado descobri: o meu sonho, agora, acho que é mesmo esbarrar por aí com alguém que seja parceiro de ronha. Alguém que goste da languidez da manhã, que estique o tempo e a preguiça, que demore no mimo e no toque. Alguém que num dia de sol radiante não salte da cama a dizer que quer ir fazer isto e aquilo para aproveitar o sol... o que eu até poderei gostar, se em vez de ser para aproveitar o sol, for só para mudar a ronha e o mimo de cenário; de resto quero descansar devagar o olhar num olhar que queira só ficar assim - junto, colado, melado, com sol ou chuva, não interessa; interessa é aproveitar o tempo (não o clima), com quem saiba amanhecer ao nosso lado. 

Bom dia


Para a doença masculina do autodesprezo 
o remédio mais seguro é ser amado por uma mulher inteligente.

Friedrich Wilhelm Nietzsche

Diria que tanto para a doença masculina, como para a feminina - autodesprezo, inseguranças várias, medos paralizantes, tudo o que nos diminui. E sim, amado, só sendo amado, caso contrário o remédio poderá ter como efeito secundário, o conhecimento da doença ser usado, até manipulado, e criar uma relação podre de poder. Quando há amor, não há relações de poder, nem manipulação, há entrega, há partilha, há respeito, há usar tudo o que se sabe, e pode, para ajudar quem se ama - para tentar diminuir o que o diminui. 
Estou precisada - muito - deste remédio. Sem efeitos secundários, por favor.

Boa Noite