Há dias em que estou assim esquisita com as entranhas num grande novelo a emaranhar-se ainda mais, a puxar e repuxar ainda mais as pontas mal cosidas à pele. É uma sensação tão estranha e tão ignorante de razoes que às vezes me convenço que não sou eu que estou mal, que és tu e que há uma telepatia qualquer que te passa para mim. Sou doida, eu sei, mas sinto isto muitas vezes; algumas, dantes, vinha a saber que eram verdade, ou então apenas coincidências, não sei. Sei que é estranho e sinto-me estranha e nunca sei o que se passa contigo, nunca sei nada, nem tenho como saber - nao posso, como tu podes, saber o que me vai na alma se quiseres, mas fico com a sensação que és tu e isso mói-me.