Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

06 novembro 2014

esse teu jeito,
que dizes ser sem jeito,
é tão ao meu jeito
que não há jeitos
de haver outro jeito
senão dar um jeito
de nos ajeitarmos
do nosso jeito
aos trejeitos do mundo.

(ao fim duma viagem há semáforos que se ajeitam para escrevermos estas coisas...)

Ora, e bom dia era isto, assim.
Mas pronto... um dia chego lá, entretanto vamos aproveitar o primeiro frio a arrepiar-nos a pele e a gelar-nos o nariz... 
E agora estes dias voltam a ter tempo para as recordações nos chegarem, para as carimbarmos com um sorriso que serve de selo para as remetermos para uma distância que nunca conseguimos criar, mas que queríamos... longe, para mandarmos as recordações para longe, sem remetente, sem devolução, sem futuro.
Entretanto vamos pôr o nariz lá fora, neste cinzento dos dias, de que gosto da melancolia que trazem agarrada, que se respira enquanto os olhos se fecham a sorrir com o calor que se sente por dentro quando estes pensamentos nos fazem cócegas ao dedilhar a alma, e que saem depois, para aqui, com os outros dedos, disparados, e nos fazem assim mais leves...

Bom Dia!


.... Ahhhh a maçã, trincar a maçã...

Boa Noite