Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

01 maio 2010

Quantas letras?
Quantas palavras abarca?
Quantas cumplicidades o sustentam?
Quantas conversas labirinticas o fazem?
Quantos reflexos para nos vermos espelha?
Quantas tolas partilhas fazem o seu quotidiano?
Quantas saudades o fazem desesperar?
Quantas ansiedades nascem das ausências?
Quantas recordações o despertam contrariado?
Quantos olhares o definem?
Quantas gargalhadas vivem nele?
Quantos sorrisos o fazem respirar?
Quantos mimos fazem o seu calor?
Quantos rosnares quentes aquecem os silêncios?
Quantos beijos de paixão carregados de ternura o alimentam?
Quantas vontades emergem sob esta lua selvagem?
E quantas luas passarão até esgotar este luar?
Em quanto tempo este sentimento se dissolverá apenas em letras
Não havendo palavras que o digam?
Ou dicionários que o expliquem...