Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

25 dezembro 2013

...uma coisa é certinha, certinha, 2014 vai ser um ano de boas leituras: 
Dostoievski, Marguerite Yourcenar, Stendhal, Alice Munro, Tolstoi, Flaubert, e mais alguns... há uma altura em que já não se lê qualquer coisa, só se lê o que se acha que é bom, o que se quer ler. 
Se calhar como em tudo na vida... mas há coisas que por muito que se queiram, não podemos comprar nem pedir que nos ofereçam... e já não estamos para menos do que queremos. Seria perder tempo... Em leituras 2014 tem tudo para ser um óptimo ano... ao menos isso!!

...dizem que é Natal, que hoje é dia de Natal.
E eu estou aqui na indecisão de voltar para a ronha, na cama ainda quentinha, ou acender a lareira e ficar a ouvir os estalidos da madeira e ver as chamas que chamam por mim. 
A minha preguiça em acender a lareira e a vontade de não me lembrar sozinha e cansada fazem-me pender para a ronha, e mais um passar pelas brasas, de olhos fechados e alma adormecida. 
De olhos fechados, e no meio do sono, esquecemo-nos que também a cama está vazia. 
Que tudo está vazio enquanto outras pessoas se dizem tão azafamadas e num dia feliz, no meio de conversas à lareira e comida todo o dia... Eu não. Sou uma triste, é o que é. 
Uma triste desinfeliz, mas prefiro assumir a verdade das coisas. Estou sozinha, sim, e não estou feliz, não, para quê disfarçar? Para os outros? Mas só se disfarça para aqueles que não nos são próximos, suponho... ou então, se se disfarça para toda a gente estamos tão isolados que já nem próximos temos. Disfarçar para quê, quem me conhece sabe como ando, e quem não me conhece eu quero lá saber o que pensa!!! 
Estou sozinha, na ronha, e só comi umas torradas, conversa aqui nem tenho com quem... cada um tem o que merece, né? Assim seja, que constato, mas não me queixo.