Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

18 setembro 2014



...É isto. Aqui.
Antídoto para certos dias do ano. Para hoje.
Para onde fugimos do mundo em que não encaixamos,
que não entendemos,
em nos voltamos para dentro em busca do que há-de restar de nós.
Preciso desta paisagem, preciso de horizonte, preciso de ar.
Preciso-me com urgência...
...mas ainda vai ter de esperar uns dias. 
E hoje eu devia já estar longe, daqui e deste coração teimoso que guarda estrelas como quem colhe conchinhas da praia e traz no bolso. 
Chocalham e cheiram a mar. 
As estrelas soam só a distância que brilha.

Bom Dia!!

Boa Noite

...às vezes penso, sorrio e sonho uma vida que não tive, e depois obrigo-me a lembrar por que apenas sonho e não vivo, e lembro - obrigo-me a lembrar e a repetir até à exaustão - a resposta à minha própria pergunta; e pergunto-me quando deixarei de ma perguntar e de sorrir quando dou por mim a sonhar acordada esse sonho, que de tão meu, tão apenas meu, nunca chegará a vida. Lembro-me que não estás porque não (me) queres... e então penso que não te quero, nunca quereria alguém na minha cama que não me quisesse. Isso não pode fazer ninguém feliz. E infeliz por infeliz, antes sozinha, porque a solidão sozinha pode um dia deixar de ser solidão, a solidão acompanhada nunca deixará de ser solidão.