Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

14 dezembro 2015


Camas que se desfazem toda a noite
Chão do amor  que se fez
Que se desfez em sons, em cheiros,
em toques que desfazem a pele
e mancham o tempo de prazer.
Bocas de comer beijos que querem engolir almas 
Camas desfeitas o dia inteiro
Com chilreio de beijos e gargalhadas tontas de paixão
O veneno da memória
que adoece os dias e corre nas veias 
Indo e vindo do coração.
Um folhado e um sumo, com esta vista quente que não queima, uma música que queima coisas por viver ao som da Garota de Ipanema, e a chuva do outro lado do vidro, à minha frente, sinto-a sem que me molhe mas me encha de conforto bom. 
Engolir qualquer coisa rápida e depois tudo isto travar o tempo, alongá-lo, dar-lhe tempo... Tudo o que é impossível. 

Bom dia
... Mesmo, só isso.

Boa noite