Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
28 janeiro 2014
(...) o meu sorriso tem o tamanho do medo de te perder,
porque o ar que respiras junto de mim é como um vento
a corrigir a rota do navio. Se partires, não me abraces –
o teu perfume preso à minha roupa é um lento veneno
nos dias sem ninguém – longe de ti, o corpo não faz
senão enumerar as próprias feridas (como a falésia conta
as embarcações perdidas nos gritos do mar); e o rosto
espia os espelhos à espera de que a dor desapareça.
Se me abraçares, não partas.
Maria do Rosário Pedreira
[... o sorriso que chamas meu, só obedece ao teu chamar, não é meu: é teu. Começa e acaba em ti. Esse sorriso que dizes gostar, e que nunca ninguém mais viu, é teu, já te disse. É o meu espelho de ti. E, sim, é do "tamanho do medo de te perder", porque o sorriso não sou eu: és tu. Não é meu: é teu, como eu. Não sei se já te disse.]
Subscrever:
Mensagens (Atom)