Realmente, anjos e demônios. E o sabor da corrente, e o vento que muda.
Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
15 julho 2014
Intimidad
Soñamos juntos
juntos despertamos
el tiempo hace o deshace
mientras tanto
no le importan tu sueño
ni mi sueño
somos torpes
o demasiado cautos
pensamos que no cae
esa gaviota
creemos que es eterno
este conjuro
que la batalla es nuestra
o de ninguno
juntos vivimos
sucumbimos juntos
pero esa destrucción
es una broma
un detalle una ráfaga
un vestigio
y un abrirse y cerrarse
el paraíso
ya nuestra intimidades tan inmensa
que la muerte la esconde
en su vacío
quiero que me relates
el duelo que te callas
por mi parte te ofrezco
mi última confianza
estás sola
estoy solo
pero a veces
puede la soledad
ser
una llama.
Mario Benedetti
[hoje as palavras não me saem, ou eu não quero que saiam. quero trancá-las por baixo do sonho que deixaste do lado de fora da porta que trancaste à saída. a solidão conjunta pode ser uma chama que inflama, pode, nem sabia, mas pode, só que há pessoas para quem dura um fósforo e outras para quem é o lento queimar duma vela teimosa. como a saudade. a saudade ditosa, ditadora das noites, que aumenta quando devia ir morrendo ao longo dos dias, quando a intimidade se devia ir apagando, quando a memória amarelece e o toque já não se toca, quando os cheiros nos fogem debaixo do nosso nariz, quando já ninguém ouve golfinhos antes de eu adormecer, quando já não tenho uma almofada que tem um coração dentro. O meu.]
Boa Noite, a minha varanda espera pelo meu ultimo cigarro.
Um beijo
Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!
Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.
Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?
Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto...
Olavo Bilac
[beijo: a forma mais perfeita do silêncio falar. haverá beijos mudos? ou mentirosos? em todas as línguas se mente, talvrz também nesta haja quem sabe mentir não pronunciando uma única palavra, basta não sentir. ]
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