Eva me chamaste
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
Fizeste das minhas costas o teu piano
Dos teus desenhos as minhas curvas
Da minha boca a tua maçã
Dos meus olhos o teu mar
Do meu mundo os teus braços
(...)
22 março 2013
...já estou farta de frio, de chuva, da roupa de inverno que já pesa.
Quero o sol e o calor, e os óculos de sol, e as esplanadas cheias, e os phones nos ouvidos e um livro na mão que me tire do meio do mundo.
Quero calor, e flores, e acreditar que a vida precisa de tão pouco para ser boa!!!
Bom Dia!
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Bom Dia
Promete-me.
Promete-me que todas as promessas que me fizeres são como
votos sagrados num altar erguido para nós: onde quer que seja, como quer que
seja.
Promete-me: nunca vais deixar de dizer-me o que te vai
dentro, nunca vou ser uma turista de ti, mas alguém da casa a quem não se
esconde a desarrumação.
Promete-me que sempre que te zangares comigo vais mostrar-me
o porquê, como o caminho para um lugar que eu não conheço – e sabes como sou
desorientada – terás que, quase, me levar pela mão, ou arriscares a que perdendo-me, me
percas.
Promete-me: sempre que faças algo que não gostas - ainda que
o faças - mo dizes: para que saiba o que não te pedir (a não ser quando, danada
contigo, merecidamente te quiser irritar).
Promete-me: diz-me que gostas de mim sempre que tiveres vontade... mesmo que estejas zangado comigo: principalmente - nunca deixes de mo dizer - quando estiveres
danado comigo.
Promete-me que discutes comigo quando alguma coisa não
estiver bem: quem não discute não ferve, entrou no tanto faz fez, como fez faz
– já nada interessa nesse marasmo podre em que se entra, e quase nunca se sai.
Enquanto se discute ainda há vida a tentar viver.
Promete-me amar-me inteiro enquanto inteira me amares:
quando deixares de amar, não finjas: diz-me. Diz-me como conseguires e sem
crueldade, que o amor ficou órfão, mas livra-te de qualquer piedade.
Promete-me que nada do que fizeres é fruto de qualquer promessa,
mas de espontânea vontade de não haver órfãos de nós entre nós.
Promete-me que entendes que não quero que prometas coisa
alguma: apenas que entendas que é isto, que sem te prometer, terás de mim - e
que gostaria de esperar de ti, sem promessas.
Prometes?
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