Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

24 novembro 2014

... o acaso e o destino...
Um não se procura o outro nunca se perde...

(e ando com um projecto pensado, que me anda a moer os espaços vazios da consciência, uma coisa inesperada, nunca programada, nunca prometida, talvez fruto do acaso, talvez parte dum destino que não adivinhava. Mas nasceu, de repente a ideia estava acabada sem a notar embrionária, como se já nascesse completa, de corpo inteiro e alma à medida do corpo. Há alturas em que a vida nos larga da mão os sonhos ( será possível largar mão dos sonhos? os sonhos não se agarram e não são para agarrar, são a luz que se persegue, nunca se agarra, é a luz que orienta, que nos ilumina na escuridão dos dias iguais e tão pouco nossos... será que podemos abrir mão deles?) para podermos agarrar de mãos vazias, mas sedentas, projectos de encher as mãos de coisas que se transformam em vida, na nossa vida, em nós. E eu ando a pensar nisso. E talvez agarre com as duas mãos, só tenho medo de perceber que as minhas mãos não chegam para segurar e concretizar tudo o que gostaria. O medo, o medo de nós e do que pensamos não ser capazes é o maior obstáculo que inventamos para nos atrapalhar, para nos protegermos do fracasso. 
Mas medo é sempre medo, só se assusta se o enfrentarmos.)

Bom Dia