Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

25 maio 2010

Quanto mais perto me sinto, mais o afastamento custa, quanto mais apertado o nó, mais custa a desapertar. Custa-me sempre o raiar deste afastamento, doi-me cada vez mais vê-lo afastar-se de mim, levar-me uma parte de mim que me faz feliz, que me põe os olhos a sorrir e a felicidade a morar-me na alma, por me sentir perto, por o sentir meu. Mas a cada desapertar do nó, de cada vez que sinto a alma desalojada, preciso de mais força para perceber a distância que se impõe, para aguentar o anoitecer do nosso calor que chega com o amanhecer do sol que desponta num novo dia que não apetece.