Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

01 março 2015


Pois sim... os olhos, a boca... 
Eu não sei dividir, compartimentar. 
É tudo.
Tudo o que falta.
Falta (-me) tudo.
Há alturas em que já só queremos estar sozinhos... Ou já só sabemos estar sozinhos, se calhar. À nossa volta nada parece fazer muito sentido, ou sequer, algum sentido. Vemos a vida de pijama e pantufas sem vontade de sair para lado nenhum, nem ver ninguém. Uma espécie de hibernação sem Primavera à vista. Se calhar é assim que estou bem, que não chateio ninguém e que, pelo menos, não tenho a sensação - ou a certeza- de não chegar, de não servir, de não ser eu a do "amei-te sempre muito". Escondida assim em casa acho que nem eu me encontro, na certeza de que a ninguém falto.

... Yeah right. Pois sim...
Devia ser. E o último também, não era?...
Dizer as coisas é fácil, fazê-las ou senti-las é que não é para todos.
E acreditar também não, e eu estou no clube dos descrentes actualmente.
Dantes ainda acreditava, agora olho para trás, e com muita pena minha,
 já  não. e talvez não seja mau, afinal acreditar, confiar, sempre me levou a lado nenhum, 
ou melhor, levou sempre a desilusões e mágoas.

Bom Dia

... Para quem conseguir e puder, é o melhor sítio para estar vivo. Ou o único.
Não serve para desapaixonados, para os que não estão
 (ou são?? Nuance engraçada, não?) 
apaixonados por ninguém.

Boa Noite