Eva me chamaste

Fizeste das minhas costas o teu piano

Dos teus desenhos as minhas curvas

Da minha boca a tua maçã

Dos meus olhos o teu mar

Do meu mundo os teus braços


(...)

28 fevereiro 2013

Brrrrrrr... está um frio que só para renas mesmo!!!
Vou para o quentinho da caminha.... sem enfeites destes...
Boa Noite

"Those damn eyes fucked me forever. 
We made love just looking at them."
Charles Bukowski

[há olhos assim...]
[Franz Kafka]
...pois...
Bom Dia!!

27 fevereiro 2013

Bom Dia!!
(era bom, não era?? mas é só para a fotografia, nunca vi nada assim na realidade.
Às vezes parece-me que a felicidade também é só para a fotografia...
e para algumas pessoas isso é realmente felicidade, o parecer feliz aos outros, como uma personagem que se nos cola tão bem à pele, que nos parece já ser a nossa...o que na verdade só revela que nunca, verdadeiramente, sentimos a nossa.)

26 fevereiro 2013


I want to tell you
How much I love you
I'm drowning in a sea of love
(Tom Waits)
Nesta corrente não me importava de nadar, de me afogar, 
mas aqui só segue a corrente quem tem vida dentro.
Quem se afoga nela.
Boa Noite 
vida?? contas??
impostos?? o diabo a sete???
Toma!!!
(estou farta disto, vou deixar de trabalhar. Não compensa. 
Procura-se gajo rico, que não seja mão de vaca, sem herdeiros e que dure pouco tempo. 
Enquanto durar eu trato-o o bem, mas o gajo que não se atrase muito, nem a chegar, nem a ir!!)


Abraça-me. Quero ouvir o vento que vem da tua pele,
e ver o sol nascer do intenso calor dos nossos corpos.

Quando me perfumo assim, em ti, nada existe a não ser
este relâmpago feliz, esta maçã azul que foi colhida na
palidez de todos os caminhos, e que ambos mordemos
para provar o sabor que tem carne incandescente das estrelas.

Abraça-me. Veste o meu corpo de ti, para que em ti possa buscar
o sentido dos sentidos, o sentido da vida. Procura-me
com os teus antigos braços de criança
para desamarrar em mim a eternidade, a soma formidável
de todos os momentos livres que a um e a outro pertenceram.

Abraça-me. Quero morrer de ti em mim, espantado de amor.


(...)

Joaquim Pessoa

[penso que este poema será uma repetição aqui no tasco, mas é tão lindo, eu gosto tanto, que de vez em quando tenho de voltar a ele. voltamos sempre às coisas de que gostamos muito, que são quase nós, não sendo nossas; falam-nos como se nossas fossem, tal nos acertam em cheio...]
Era bom para começo de dia...
Bom Dia!

25 fevereiro 2013


Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro dela em livros, em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.

Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas.

Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.
Oferece-lhe outra chávena de café com leite.

Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal e em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, Cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.

Ela tem de arriscar, de alguma maneira.

Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo.

Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.

Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.

Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.

Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.
Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.

Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.

Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve.


- Rosemary Urquico -
tradução de Carla Maia de Almeida


[parece-me um bom conselho...]
Sim...isto podia resultar...
saber assim que gostam de nós, sem dúvidas, sem espinhas, sem nada,
acalmava-me de certeza...
quer dizer, em parte, 
outra parte ficava, assim... com cócegas, digamos...ehehheh

24 fevereiro 2013

"E as suas conversas não saíam dali. Nem sequer já falavam da terra. Quando lhes surgia uma recordação, compreendiam-se com uma palavra e riam-se para dentro toda a tarde. Bastava-lhes isto. Quando Rosália punha Zeferino na rua, ambos se tinham divertido muito."

in Uma pagina de Amor, Emile Zola

23 fevereiro 2013

"Aquele casamento ainda a maravilhava. Carlos adorava-a, ajoelhava no chão, à noite quando ela se deitava, para lhe beijar os pés nus. Ela sorria, cheia de amizade, censurando-o por ser tão criança. Então recomeçara uma vida sem sobressaltos. Durante doze anos, não se recordava de um abalo. Vivia muito calma e muito feliz, sem uma febre na carne nem no coração (...) 
E ela viu bruscamente o quarto do hotel do Var, o marido morto, o vestido de viúva estendido nas costas de uma cadeira. Chorara como na noite de Inverno em que a mãe morrera. Em seguida, os dias tinham voltado a correr. Havia dois meses que ela se sentia muito feliz e muito calma com a sua filha. Meu Deus! E aquilo era tudo? E que dizia então aquele livro, quando falava daqueles grandes amores que iluminavam toda uma existência?" - realmente toda a gente parece achar que a felicidade é assim uma coisa morna, uma vida sem sobressaltos, uma ausência de febres; e deve ser, de certeza que é, para quem não conseguir adivinhar o resto, porque se o adivinhar, nem que seja através dum livro, toda essa felicidade se torna num marasmo pesado, uma sede constante, uma irritação sem motivo, uma fome sem tréguas.

"Joana, contudo, às vezes teimava.
-Ah! Tu agora vais-me dizer! - perguntou ela - Aquelas vidraças muito brancas?...É uma coisa muito grande, deves saber.
E designava o Palácio da Justiça. Helena hesitava:
- É uma estação de caminhos de ferro... Não, parece-me que é um teatro...
Teve um sorriso, beijou os cabelos de Joana, repetindo a sua resposta habitual:
- Não sei, minha filha.
Então continuaram a olhar para Paris, sem pensarem mais em conhecê-lo. Era uma coisa muito suave, tê-lo ali e ignorá-lo. Continuava a ser o infinito e o desconhecido. Era como se tivessem parado no limiar de um mundo do qual presenciassem o espectáculo eterno, recusando descer a ele." - deve ser suave ter a vida ao alcance da mão, da pele, dum olhar, e ignorá-lo, preferir não o conhecer, dá-lo por infinito e inconsequente; olhar o espectáculo de fora e não querer fazer parte... mas então nunca compreenderão o espectáculo, toda a sua dimensão, nunca o sentirão por dentro. O medo, ou a covardia (que é a concretização imobilizante do medo) é uma defesa, procura preservar-nos, mas preserva-nos até, ou principalmente, da vida, daquela que se sente.

"Então, lágrimas de enternecimento subiram aos olhos de Rosália, e para testemunhar a alegria de o tornar a ver, o que achou de melhor foi fazer troça dele." - conheço alguém assim, quando não sabe o que dizer, e lhe apetecem dizer outras coisas que não pode, e tem de disfarçar a alegria da surpresa, desata a disparatar, a gozar a vítima que a vitimou e destabilizou...

"E calaram-se. Entreolharam-se com os olhos a luzir, os lábios apertados e mexendo lentamente numa careta de ternura. Devia ser a sua maneira de se beijarem, porque eles nem sequer se tinham estendido a mão."

in Uma Página de Amor, Émile Zola

(os comentários parvos são meus mesmo)
Parece-me que há coisas para eu ouvir,
e podes dizer, eu sou toda (ou quase) ouvidos, aliás orelhas.
Estou quase tão orelhuda como as coisas cabeludas que tenho de ouvir...
Bom Dia

22 fevereiro 2013


(...)
A nudez corria-lhes pelas mãos
e chegava aonde tudo é branco e firme.
Aquele fogo de carne
era a carne do amor,
era o fogo do amor,
o fogo de arder amando-se e por toda a casa,
contra as paredes, no chão.
Se mais não pressentissem bastaria
aquela linguagem de falar tocando-se
como dormem as aves.
E os olhos gastos
por amor de olhar,
por olhar o amor.
E no chão
contra as paredes se amaram e
pela casa andavam como
se dentro das sementeiras respirassem.
Prisioneiros libertados, um
no outro eram livres
e para a vida e para o amor se beijaram
magoando-se mais, até ficarem magoados.
E uma presença rica,
agora nova e mais serena,
avidamente recebeu a música que atravessou de
um corpo a outro corpo
chegando às mãos
onde toda a nudez é branca e firme.
Com uma carne de fogo,
incarnando o amor,
incarnando o fogo,
contra o chão das paredes se amaram
pressentindo que
andando pela casa bastaria tocarem-se
para ficarem dormindo
como acordam as aves. 

Joaquim Pessoa 


[queria a minha nudez a correr devagar nas tuas mãos, a minha pele a falar ao ouvido da tua, os nossos fogos a consumirem-se num doce calor até arder a urgência ávida do desejo, e voarmos livres presos um no outro.]
Lição: mesmo de trombas se oferecem flores...

yeahh...
that's the difference...
big difference!!


Se as coisas fossem perfeitas...
Não existiria lições de vida
Não haveria arrependimentos
E nem descobertas...
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados.
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passariam despercebidos.
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas...
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas.
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada...
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição...
Nada é por acaso. Pois nem o destino... é Perfeito.


Mario Quintana

[ se tudo fosse perfeito eu não teria conhecido a felicidade. se tudo fosse perfeito o desejo de amar, e amar com desejo, não existiria. se tudo fosse perfeito, o imperfeito-quase-perfeito não sabia, na perfeição, a felicidade, e nós não nos enganaríamos tão perfeitamente. se tudo fosse perfeito eu não conheceria tão bem o sabor amargo que a despedida, depois de um beijo perfeitamente feliz, deixa na boca ávida.
 se tudo fosse perfeito eu não existiria. e todos andamos atrás da perfeição. ]

21 fevereiro 2013

Boa Noite
(gosto destas mãos...)

....WTF!!!
...então e quem é que nos abre as portas???

Sol....Yeahhhhh
(claro que no fim de semana vai estar um frio de rachar, um barbeiro de cortar à faca, mas pronto, pela janela do escritório, agora, o sol dá um ar da sua graça, e da minha desgraça.....
 bahhhhh estar aqui fechada...)

Bom Dia!!!...

20 fevereiro 2013

Boa Noite

AHAHAHAHHA...
Que é que pensaram logo????
(ahhhhh sorte, sorte é preciso sempre e em tudo.... até para ter uma boa.... vida, vida, claro!!)


tenho os olhos feitos à medida da tua cara
e só tenho olhos para ti
quando não estás sou invisível e quase invisual
a visão não me serve de nada
vejo mas sem cor e é pior que a preto e branco
é desfocado
é esbatido
e sem chama
e sem cheiro
contigo cheira bem
sabe bem.

João Negreiros


[olhos feitos defeito. 
vêem sem cor, 
esbatido, morno, distante, 
não sabe a nada, não adivinham cheiros, 
olhos feitos defeito, 
feitos de falta de vontade,
feitos de falta de ti.
olhos desfeitos, feitos de ti.]

Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.

Carlos Drummond de Andrade


[ainda... mas por quanto tempo mais me salvo e me dano? por quanto tempo ainda?]


Amanheci em cólera. 
Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dá remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece.

Clarice Lispector

[é isto, é muito isto do que tenho dentro, o mundo não me agrada.]
Pois.....ahahahha
(se ao menos os meus sonhos fossem assim, eu até percebia a raiva de ter de acordar, mas nem isso...bahhhhh)

19 fevereiro 2013



"Possua um coração que nunca endurece, um temperamento que nunca pressiona,
 e um toque que nunca magoa".
Charles Dickens

[..será possível???]

Leio o amor no livro
da tua pele; demoro-me em cada
sílaba, no sulco macio
das vogais, num breve obstáculo
de consoantes, em que os meus dedos
penetram, até chegarem
ao fundo dos sentidos. Desfolho
as páginas que o teu desejo me abre,
ouvindo o murmúrio de um roçar
de palavras que se
juntam, como corpos, no abraço
de cada frase. E chego ao fim
para voltar ao princípio, decorando
o que já sei, e é sempre novo
quando o leio na tua pele.

Nuno Júdice


[Chego ao fim, para voltar ao princípio. Ao princípio de mim, quando nós fomos princípio. Agora somos sempre princípio e fim, ou princípio ou fim, como eu, que chego ao fim e vejo-me de volta ao início, que nada começa nem acaba.]

18 fevereiro 2013

Tu pensas que são as minhas mãos que aquecem as tuas.
Eu penso que as tuas mãos estão frias, mas que o teu coração, de tão quente, aquece o meu.
Estamos os dois enganados.
É sempre o meu coração que te aquece as mãos. 
Aquece porque são tuas as mãos.

16 fevereiro 2013

...os homens querem tudo!!...
um anjo e um demónio, nos mesmos olhos, na mesma pele, na mesma mulher.
E, mesmo que encontrem alguém que se assemelhe ao que dizem ser o seu próprio ideal de mulher, depois, provavelmente, não gostam dela...
querem demais e dão de menos...e depois nem querem mais!!
vá-se lá entender esse bicho... Irra!!


Bom Dia!!
...e queria só dizer ao Sr. S. Pedro que amigos assim já tenho muitos, isto de ter sol quando tenho de me trancar num escritório e nuvens quando poderia aproveitar o sol é uma crueldade, mais uma, com que tenho de lidar, e não é bonito, não é não!!!!... assim nem posso pôr os meus óculos de sol e gorro
 (só me faltava o cachimbo e ser loira...e ficávamos com um focinho parecido, mas eu com menos bigodes, vá...)

15 fevereiro 2013

ahahahahhaha...
pois....
(hoje ouvi um piropo em sotaque brasileiro..
."então há quanto tempo trabalha aqui?
...hummm há uns doze anos acho...
 ???'cê veio p'ra cá criança, né???"
 eheheheheheh teve piada, vá!!)


Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei em você a razão de viver
E de amar em paz

E não sofrer mais
Nunca mais
Porque o amor é a coisa mais triste
Quando se desfaz

Vinícius de Moraes

14 fevereiro 2013

...C'a Porra!!!... 
então tenho de andar de olhos fechados!!!????
ohhh meu deuzzzzz....


...não que me valha de alguma coisa...
...que não vale...
nem hoje nem no resto dos dias!!
bahhhhh



"... o meu sonambulismo é de longas distâncias - acordo em línguas diferentes ... "

vasco gato, «omertà»



[eu vivo sempre a curtas distâncias 
e pareço acordar e adormecer sempre a falar uma mesma língua que ninguém entende...
outras vezes parece que nunca cheguei a adormecer, ou a acordar, 
mas ninguém me entende na mesma...às vezes nem eu]
(...)
Tu ainda me amas?
Eu te pergunto lívida
Na manhã de tintas
Amarelo e ocre
Pulsando no meu sangue.
E te levantas, me olhas
E te fazes cansado
De perguntas antigas.


Hilda Hilst, Júbilo Memória Noviciado Da Paixão 

[estás cansado de perguntas antigas, e eu de velhas respostas, sempre as mesmas, de novo. eu já não pergunto, já sei as resposta, sempre as mesmas, já sei de cor o que as respostas não dizem, mesmo mudas continuam a não dizer, o que não diziam, as respostas quando elas ainda falavam, e quando eu ainda as tentava escutar e perscrutar, agora só tento não chorar, agarrar-me ao ar e esquecer-me que já nem de perguntar estou cansada, estou cansada das respostas mudas que não mudas.]

13 fevereiro 2013

Boa Noite



vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro, tiro o sapato
e danço o resto da vida
Chacal
... realmente!!!
E eu que DETESTO esperar!!


...acordo todos os dias com esta vontade...
porque será que a altura em que me sabe melhor dormir, em que consigo dormir melhor, é quando o estúpido do despertador corta o meu barato?????
Bahhhhhh
Bom Dia

12 fevereiro 2013

ahahahahha
engraçadinhos...boa introdução (salvo seja...)



"deviam chover lágrimas quando o coração pesa muito e há momentos, palavra de honra, não se compreende o motivo, mas pesa, sente-se dentro o

(ia escrever o incómodo e não incómodo conforme não tristeza, não dor, como traduzir isto, não sei)

Deviam chover lágrimas quando o coração pesa muito e há momentos palavra de honra que pesa

(para já fica assim)…"


António Lobo Antunes



[deviam chover lágrimas, e às vezes choram, outras amarfanham-se por dentro, para dentro, para regar a dor do coração. chorar é fácil, chorar é deixar que se solte o que temos dentro, normalmente liberta, ajuda, cansa e depois descansa. eu choro mais para dentro que para fora, e por isso o cansaço, às vezes, pesa-me mais que o corpo. A vida, que às vezes pareço ter, afoga-se por dentro nas próprias lágrimas que me recuso a chorar.]
"Amor nunca morre de morte natural. Morre de cegueira, dos erros e das traições. Morre de exaustão, das doenças, da falta de brilho."
Anais Nin

[ou então mata-nos de exaustão, insónias e mágoas. Um de nós morre. Aí pelo menos vou conseguir dormir, duma maneira, ou doutra...]

11 fevereiro 2013

...os gestos. 
Os pequenos, minúsculos, gestos são os que me prendem, os que ninguém nota, ninguém vê, mas que mais sinto, são esses os que arrastam o peso do mundo num fio de cabelo.
O carinho e a ternura são a arma mais mortífera contra o esquecimento desejado.


"Que pena não haver uma marca branca para o amor, como agora se faz para alguns produtos de supermercado. Tão bom seria se, precisados de amor, simplesmente o adquiríssemos junto de quem estivesse disposto a dar-nos. O problema é que nós precisamos de estar prontos para recebê-lo. Senão, era muito fácil: ia-se à prateleira, tirávamos a quantidade de amor necessário para nos alimentarmos e, findo o stock, regressaríamos ao mesmo local para nos reabastecermos. Há quem faça isto com o sexo – e com o sexo dá e é muitíssimo bom – mas, com o amor, não se metam nisso. O amor não tem one night stand. Amar alguém não se pode fazer quando nos apetece, exige militância, acordar cedo para estar esticadinho na formatura.


Amar é estar nos quadros de uma empresa em lugar ministeriável, ter sexo é ser colaborador a recibo verde. Por isso é que há mais gente a ter sexo do que a amar – e reparem que não estou a adoptar nenhum dos lados –, mas quem ama pode ter sexo e quem tem sexo pode nunca conseguir amar."


Fernando Alvim
hummm?
acho que vou pensar nisto enquanto bebo um café...
Bom Dia!!

Hoje estou demasiado preguiçosa para tentar desembrulhar-me do que me enovela, para tentar fazer sentido do que não tem sentido ou direcção. Estou demasiado cansada para me obrigar a pôr palavras em linhas do que me desalinha as costuras que me fecham por dentro. Vou pegar num livro para me esquecer de mim, ou tentar. Para fechar os olhos e descansar.
Boa Noite.

09 fevereiro 2013

Eu vou acabar sozinha... Já sei. Já estou. E assim vou ficar.
Ao menos tenho onde sentar a solidão. 
A cadeira ao lado está invariavelmente verdadeiramente vazia. 
As outras mesas estão cheias de gente, de vida, de mentira, ou talvez não. 

08 fevereiro 2013

Às vezes apetecia-me isto... sentir-me ao colo e conduzida..
dá sensação de descanso, protecção, segurança e carinho.
E agora apetecia-me isto tudo.
Boa Noite

...TRUE!!!
Grrrrrrrr
...in the face, or anywhere else... 
as long as I can shoot them, or you, 
probably shooting you would solve the whole problem at once!!!...
Bahhhhh

...portas com chaves especiais...
que dão vontade de abrir e vasculhar tudo dentro...
e encontrarmo-nos por lá sem darmos conta que lá estávamos, 
no meio da bagunça, por trás de portas fechadas...
Bom Dia!